DA FICAÇÃO À PEGAÇÃO

Uma Análise sincera do comportamento dos jovens e adolescentes no Século XXI por volta dos anos oitenta, um novo tipo de comportamento tomou conta dos jovens e adolescentes brasileiros. Em nome da liberdade e do amor, moças e rapazes começaram a desenvolver em seus relacionamentos vínculos afetivos descompromissados onde o chique era “ficar” com alguém.

Na verdade, “ficar” com alguma pessoa se caracterizava pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente estabelecidos. Para os “ficantes” O tempo da “ficada” variava de uma única noite a até mesmo algumas semanas ou meses.

Hoje, um novo tipo de comportamento tem marcado nossos jovens e adolescentes, a “pegação”. Na pegação o que vale é “pegar” várias pessoas na mesma noite, sem que, contudo isto implique em “ficar” com uma pessoa somente.

Ultimamente esse procedimento tem sido encarado com a maior naturalidade pelos jovens das grandes cidades. Há pouco ouvi um documentário na Band News, onde alguns adolescentes testemunhavam efusivamente sobre a grande quantidade de beijos na boca dados e recebidos numa badalada festa. Aliás, diga-se de passagem, o número de festas onde centenas de pessoas se reúnem com o propósito único e exclusivo de Beijar, tem se multiplicado assustadoramente em todo território nacional. Para estes é a quantidade de beijos na boca que indica se a balada foi boa ou não.

Acredito firmemente que esta geração esteja sofrendo daquilo que denomino de “síndrome de “beija Flor”, cujo objetivo é voar de “flor em flor” em busca do maravilhoso néctar do beijo. Diante do quadro que se apresenta, torna-se importante que entendamos que ao beijar várias pessoas, dentre estas, muitas desconhecidas, o adolescente corre o risco de adquirir várias doenças, incluindo as sexualmente transmissíveis.

Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular “doença do beijo”. A Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo. Mononucleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Não sou contra as relações de namoro que um jovem possa desenvolver com uma moça. Antes pelo contrário, acredito que relações afetivas entre um rapaz e sua namorada contribuem significativamente para o desenvolvimento de uma autoestima saudável.

Sou contra sim a banalização das relações, sou contra as “ficações” e “pegações” que contribuem para o adoecimento da alma de nossos pré-adolescentes, sou contra o beijar por beijar! Salomão em sua grande sabedoria afirmou:

“Existe um tempo determinado para todas as coisas na vida”. Sim, isso mesmo, na vida existe momentos pra tudo! Há tempo de plantar e tempo de colher, há tempo para abraçar e deixar de abraçar, em outras palavras isso significa dizer que existe um tempo determinado por Deus para desfrutarmos de carinhos, afagos, abraços e beijos de alguém. Em contrapartida, isso significa dizer também que existem momentos na vida, que somos chamados a um momento de reclusão onde outros valores necessários a uma existência plenificada nos são trabalhados.

Beijar é bom, no entanto, tudo tem o seu tempo, cabe a nós não nos deixarmos moldar pelos valores deste sistema, antes pelo contrário, somos chamados a uma vida onde a liberdade e a responsabilidade transformam-se em marcas de uma geração comprometida com Deus e consigo mesma.